Novos Aares - O nome

Um jovem casal, Natália e Daniel, no início de sua vida comum, decidido a experimentar a Europa, mais precisamente a Suíça. O motivo profissional enriquecido pela oportunidade sócio-cultural. Geograficamente ligando as duas cidades estabelecendo um eixo sinuoso - a morada e o trabalho, Solothurn e Berna - o Rio Aare. Nascido nos Alpes, 295 km de extensão na planície Suíça indo desaguar na margem esquerda do Rio Reno.
Amigos e apreciadores, sintam-se a vontade em nos acompanhar e encorajados a comentar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Visitou, escreveu...


Hoje o post não é nem da Natália nem do Daniel. A Melissa, irmã da Natália e obviamente cunhada do Daniel, é quem invade (a convite) esse espaço tão bem frequentado. Estou muito honrada em escrever aqui para contar um pouco das nossas experiências durante nossa estada nesse belo país. Então, segue um pequeno resumo de nossas aventuras:
Dia 18 – Solothurn
Chegamos dia 17 a noite. Logo no dia seguinte conhecemos a cidade na qual ficamos. O que mais impressionou é como com menos de 20 mil habitantes ela possui tantas facilidades e uma estrutura de cidade grande. Conhecemos a cidade antiga (peculiaridade de toda cidade que conhecemos) e as duas igrejas principais que ficam a menos de 100 metros uma da outra, a Sankt Ursus, maior e mais imponente, e a Jesuíta com pinturas internas belíssimas.
Para começar a inserção gastronômica, comemos uma Bratwürst (“salsicha branca”) com pão e mostarda, em um quiosque. Não pensei que gostaria tanto.
A noite foi aniversário da Natália, jantamos numa cantina italiana e depois comemoramos com a merecidamente premiada torta de Solothurn. Maravilhosa!!!
Dia 19 – Zurique
Fomos de trem, o meio de transporte eleito pra conhecer a Suiça. Aqui é muito bom viajar de trem, pois é confortável, limpo e impressionantemente pontual. A cidade, que é o centro financeiro da Suíça, sustenta essa atmosfera sem parecer esnobe. Caminhamos pela Banhofstrasse (a rua da estação de trem), curtindo a neve e as vitrines das mais famosas marcas, até o lago, onde a vista é perfeita.
De volta a Solothurn fomos muito bem recebidos com mais uma delícia da culinária suíça: o raclete. Que, em resumo, são diversos tipos de queijos “gratinados” em um aparelho especial, acompanhados por batatas cozidas e pickles diversos. Enquanto o queijo vai derretendo cada um prepara o seu acompanhamento e assim o tempo da refeição se prolonga. Delicioso!
Dia 20 - Lucerna
A cidade, uma das mais acolhedoras, é banhada por um lago, onde atravessamos a Kapellbrücke, que é ponte de madeira mais antiga da Europa. Muito linda!
Caminhamos pela cidade antiga, que é toda recortada com mil ruas e vielas. Depois fomos até o monumento do Leão, esculpido diretamente na rocha que, creio que devido ao frio, estava exclusivo para nós. Conhecemos a Münster, a principal igreja da cidade.
Passeamos de barco pelo lago passando por diversas cidades e sendo presenteados pela paisagem sob um ponto de vista diferente.
De volta para Solothurn fomos pegos por uma pequena nevasca. Algo impressionante para quem vive em um país tropical. Chegamos aqui a – 8°C, o que pra mim é muuuuito frio!!!!
Dia 21 – Berna
A capital política da Suíça está inscrita, merecidamente, no patrimônio cultural da UNESCO. A vista atrás do Parlamento é uma das mais lindas, dá pra ver o rio Aare e as montanhas ao fundo. Paisagem de cartão de Natal. Fízemos até um mini boneco de neve: a Josefine, para podermos curtir um pouco mais!
O que mais nos chamou a atenção em Berna é que todas as calçadas da cidade antiga são cobertas, isto é, as fachadas dos prédios se estendem até a rua e há estabelecimentos subterrâneos com portas saindo do chão.
Apesar de estar bastante frio, um dos ursos do Parque dos Ursos, o Bärengraben, surprendeu a todos e saiu da toca para posar para algumas fotos.
Dia 22 - Genebra
Onde fica a sede da Cruz Vermelha, da ONU, da OMC, da Unicef, etc. A cidade é mega cosmopolita e ouve-se todos os idiomas pelas ruas, principalmente o francês (idioma oficial da cidade).
Logo que chegamos conhecemos a bela Catedral de Saint Pierre onde o próprio João Calvino, um dos pais da Reforma Protestante, pregava pessoalmente.
Vimos o Jet d’eau, que como o próprio nome diz, é um jato de água gigante no meio do lago. É lindissímo e é possível avistá-lo de diversos locais da bela cidade.
Andamos bastante a pé, por belos jardins, até chegarmos na ONU e vermos a cadeira gigante, já mostrada aqui antes, que é impressionante.
Dia 23 – Basel
Dedicamos a manhã a algumas comprinhas em Solothurn antes do Natal e pudemos ver a feira de produtores locais que acontece na cidade antiga. Tudo muito selecionado e organizado.
Logo depois do almoço, fomos pra Basel ou Basiléia. Conhecemos a igreja Elisabentenkirche, muito bonita e que curiosamente abriga um café no seu interior, com mesinha e tudo. Passamos por uma praça onde vimos uma interessantíssima fonte com esculturas de Tinguely (já assunto desse blog), que por estar meio congelada não funcionava por completo. Uma pena! E mais uma linda feirinha de Natal.
A prefeitura da cidade se destaca entre todas as construções, pois é toda pintada de vermelho e coberta de desenhos coloridos que chamam a atenção de qualquer um.
Basel é cortada pelo rio Reno, onde vimos na Ponte do Meio a escultura da Helvétia “descansando até hoje” após longos períodos de Guerra. Não tívemos tempo de conhecer a Münster de Basel, mas conseguimos ver o seu colorido telhado da ponte.
Dia 24 – Interlaken Ost – Lauterbrunnen e Kleine Scheidegg.
Hoje foi realmento o “ponto mais alto” de todos. Descansamos nossos pés castigados e seguimos quase todo o belíssimo caminho de trem maravilhados com a paisagem. Primeiro até Interlaken Ost, onde pegamos o trem até Lauterbrunnen.
Lauterbrunnen fica no meio das montanhas, parece uma vila medieval, cenário de filme. De lá pudémos avistar uma linda queda d’água, com direito a pequenos deslizamentos de neve que pareciam trovões.
Almoçamos e subimos até Kleine Scheidegg. O trem consegue subir as encostas de maneira impressionante, parece uma montanha russa. Foi um dia de contemplação, afinal estávamos a mais de 2000 metros de altura e cercados de uma beleza assustadora. Não esquiamos, mas somente a visão dos Alpes cobertos de neve já valeu a pena, parece que podíamos tocá-los.
Dia 25 – Solothurn
Nosso último dia na Suiça, dia de Natal. Apesar de já ter parado de nevar, tívemos nosso Natal branco, algo para nós impossível de acontecer. Algo que só podemos imaginar entre nossas decorações natalinas exageradas.
Ainda fízemos uma última caminhada, para ver a tradição do caminho iluminado por velas que vai até a capela de Santa Verena. Só acontece na noite do dia 25, mais um privilégio que tivemos. Fomos na fenda onde é tradição colocar a mão em buraco que há na pedra e fazer um pedido.

Enfim, a Suíça é um país cativante, de belezas naturais indescritíveis, uma arquitetura maravilhosa, repleta de história e extremamente preservada e as pessoas são um exemplo de educação e cordialidade. Tivemos uma viagem inesquecível e que ficará para sempre na memória.

Um comentário:

  1. Wow!!!!
    What an amazing report!!! That was really nice to hear!!!
    We want to see pictures as well....!!!!

    Beijos
    Ligia & Rafa

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